Reencarnação
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Fazer Amor
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Espírito
Alfredo Nora
Psicografia de Francisco
C. Xavier,
do livro Poetas Redivivos.
Reencarnação
é façanha
Em
que a vida se acabrunha.
À
carne nos pega à unha,
Na
treva em que se emaranha.
E
surge esta coisa estranha:
Cada
qual é testemunha
Do
passado que se empenha
Do
presente que se apanha.
Feliz
de quem se componha
Na
estrada clara e risonha
Do
bem que a salvar se empenha.
Alma
que ao corpo se aninha
Serve,
segue e vai na linha
Ou
recua e leva lenha.
Ano III - nº 14
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Fazer Amor
(Joamila Brito)
Quem
de nós um dia,
Em
beleza mais singela,
Imaginou
sua alegria
Sem
um ele ou uma ela?
E
nos vestais da fantasia
Ao
luar ou sob a luz da vela,
Envoltos
em suave sinestesia
A
buscar mais que noite bela.
Aos
que concedido foi viver
Em
união divina verdadeira
Não
há nada que se possa dizer
Contrário
a tão digna maneira
De
celebrar respeito e amor,
Que
Deus, desde sempre, abençoou.
Ano III - nº 13
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À Juventude
(Carmem
Cinira,
Psicografia de Francisco Cândido Xavier,
do livro Parnaso
de Além Túmulo.)
Juventude linda e ardente,
Mocidade querida que eu exorto,
Meu coração de carne, esse está morto,
Mas minhalma que é eterna está presente.
Zelai pelo plantio, ó juventude,
Das flores perfumadas da virtude,
Porque depois dos sonhos terminados
Em nossos ermos e últimos caminhos,
Ai! Como nos ferem os espinhos
Das belas rosas rubras dos pecados!
Ano III - nº12
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Espírito
(Augusto dos Anjos
do livro Parnaso de Além Túmulo,
psicografia de Francisco C. Xavier.)
Busca a Ciência o
Ser pelos ossuários,
No órgão morto,
impassível, atro e mudo;
No labor anatômico,
no estudo
Do germe, em seus
impulsos embrionários;
Mas só encontra os
vermes-funcionários
No seu trabalho
infame, horrendo e rudo,
De consumir as podridões
de tudo,
Nos seus medonhos
ágapes mortuários.
No meio triste de
cadaverinas
Acha-se apenas ruína
sobre ruínas,
Como o bolor e o
mofo sob as heras;
A alma que é
Vibração, Vida e Essência,
Está nas luzes da
sobrevivência,
No transcendentalismo
das esferas.
Ano III - nº11
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O tesouro
O tesouro
(Cornélio
Pires,
Psicografia de Francisco C. Xavier.
Do livro Poetas
Redivivos.)
Certa
noite, num sonho, ao pé do gado,
Um
espírito falou a Nhô Tatão:
-
Meu filho, pega a enxada e cava o chão,
Tens
contigo um tesouro abandonado!...
Ele
cavou três anos no cerrado,
Mas
nem ouro, nem cobre... Tudo em vão...
Desenxabido,
foi para a sessão
E
perguntou, chorando, a Irmão Conrado:
-
Ah! meu irmão, que faço do meu sonho?!...
Nada
encontrei no trabalhão medonho...
A
riqueza perdida onde estará?!...
Mas
o guia explicou: - “Meu filho, insiste!
O
tesouro é teu chão parado e triste
Semeia, Nhô Tatão!... Plantando dá”.
Ano III - nº 10
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Caridade
(Cruz e Souza,
psicografia de Francisco C. Xavier,
do livro Parnaso
de Além Túmulo.)
Caridade
é a mão terna e compassiva
Que
ampara os bons e aos maus ama e perdoa,
Misericórdia,
a qual para ser boa,
De
bens paradisíacos se priva.
Mão
radiosa, que traz a verde oliva
Da
paz, que acaricia e que abençoa,
Voz da
eterna verdade que ressoa
Por
toda a parte, promissora e ativa.
A
caridade é o símbolo da chave
Que
abre as portas do céu claro e suave,
Das
consciências libertas da impureza;
É a
vibração do espírito divino,
Em seu
labor fecundo e peregrino,
Manifestando as glórias
da Beleza!...
Ano II - nº09
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Luz Redentora - (Em homenagem a Allan Kardec)
Luz Redentora - (Em homenagem a Allan Kardec)
Casimiro Cunha,
psicografia de Chico
Xavier,
do livro Lira Imortal
Sobre a terra de sombra e de amargura,
A treva espessa e triste se fizera...
A ciência e a fé, nas asas da quimera,
Mais se afundavam pela noite escura.
A alma humana de então se desespera.
E eis que das luzes místicas da altura
Desce outra luz, confortadora e pura
De que o mundo infeliz se achava à espera,
E Kardec recebe-a sobre o abismo,
Espalhando as lições do Espiritismo,
Em claridades de consolação.
Emissário da luz e da verdade,
Entrega ao coração da humanidade
A doutrina de amor e
redenção.
Ano II - nº08
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